6.8.11

Kluster - Klopfzeichen

 

Kluster

 

Disco – Klopfzeichen (1970)

 

O krautrock parece que não encontra até os nossos dias limites para suas combinações ácidas de esquizofrênicos arranjos, moléculas de melodias saídas das mentes aliens desses alemães atemporais. E fica notório em Klopfzeichen; disco de estréia do Kluster; que eles estavam realmente no limiar de uma música singular; jamais reproduzível e incopiavel, que só o legado do krautrock possui.

As camadas experimentais do trio que tinha ninguém menos que Conrad Schnitzler um dos membros dos míticos Tangerina Dream; mostra que peças atonais, horizontais paisagens sonoras sem melodia se abriam como feixes vagando pelas espaço e reinventando as leis da matemática estrutural das canções.

Um disco de atmosfera ímpar, divido em duas faixas, uma espécie de oração eletrônica feita numa pirâmide em algum lugar do espaço. As colagens percussivas com texturas de metais incomuns e vozes simétricas (em alemão) declamadas e não cantadas se esculpem subindo as paredes dos nossos ouvidos, experimente deixar a luz apagada e deixe-se ser possuído pelos anjos-cogumelos de um dos discos e grupos mais fundamentais para se entender porque o krautrock é até hoje; paradoxalmente; a mais pura vanguarda.

Para ouvidos entorpecidos por: Stockhausen, Amon Dull, Faust, Tangerina Dream, Sun Ra, quartos escuros, velas, sarais obscuros com vinhos, Kafka e contos fantásticos.

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