15.7.10

Crítica/PETER VAN HOESEN Entropic City

Por: Jade Augusto Gola

Bélgica, terra do new beat dos anos 80 e do techno reto, metafísico. É de Bruxelas, uma das cidades mais modernas do continente, que surge um novo nome: Peter Van Hoesen. Jovem engenheiro de som, DJ e produtor Van Hoesen tem lançado EPs há um par de anos já por seu selo Time to Express, variando influências do techno e da house music num som 4x4 preocupado com a "percepção física".


Seu primeiro disco, Entropic City, surge como um curioso estudo científico-literário de como as frequências sonoras do techno podem envolver e submergir o ouvinte. Mais do que a concepção primária da dança na relação física do som, aqui Van Hoesen propõe uma hipnose feita por ritmos gordos e viagens além-gravidade no conceito termodinâmico de entropia, usado recentemente por produtores como Etienne Jaumet e Kelley Polar.

Peter Van Hoesen: a revelação

Ao ouvir e analisar as faixas de Entropic City, não se sabe se o belga propõe a construção de uma cidade, ou de um universo pessoal. São valores humanos fundamentados em estudos científicos, e a faixa "Republic" é um assombro sem tamanho que resume essas incertezas e esses conceitos. Cavernoso como o monstruoso Shackleton, Van Hoesen cria uma linha seca e ardida de beats cercada por frequências de bass que soam como um monstro, um guardião do que ele acredita ser a República em termos eletrônicos: poderosa e intocável.

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Capa

Para ouvidos entorpecidos por: Actress, Austhere, Thomas Fehlmann

 

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